Pesquisar este blog

domingo, 22 de maio de 2011

A SAÚDE DO TRABALHADOR NA RELAÇÃO ESTADO-SOCIEDADE


 
            A dinâmica que se imprime na relação Estado – Sociedade Civil, que no caso da Saúde do Trabalhador envolve a relação capital – trabalho, não incorporou ainda a transformação necessária, capaz de responder as rápidas mudanças que vêm se impondo à sociedade brasileira neste contexto de democratização e internacionalização da Economia.
           A incorporação de novas formas de abordagem da questão da Saúde do Trabalhador, atrelada ao debate que ora segue em curso sobre a despoluição da produção e o desenvolvimento de tecnologias limpas, deverá contribuir para enriquecer a discussão nos próximos anos. A expectativa é de que a ampliação do enfoque contribua para que as medidas capazes de enfrentar e reverter os perfis epidemiológicos de morbi- mortalidade dos trabalhadores sejam compatíveis com as rápidas transformações sociais e com as mudanças na correlação de forças na dinâmica da relação entre o Estado e a Sociedade Civil.


TRABALHO: MORTE E DOENÇA

           Diversos estudos utilizando os dados oficiais demonstram um quadro extremamente grave de morbi - mortalidade dos trabalhadores brasileiros, que vem se acentuando ao longo dos anos. A despeito de uma diminuição do número absoluto de acidentes de trabalho registrados nos últimos vem ocorrendo um aumento progressivo do índice de letalidade, o que aponta para a gravidade do problema. Diversos autores apontam para a gravidade dos problemas de saúde dos trabalhadores brasileiros, em decorrência dos processos de trabalho a que estes são submetidos.
             Dentre os efeitos na saúde causados pelo trabalho, como define Mendes (1986), encontram-se os “agudos”, que são os acidentes de trabalho e as intoxicações.

MARGINALIDADE E FRAGMENTAÇÃO

              É pertinente ressaltar o caráter de marginalidade da área de Saúde do Trabalhador, pois mesmo as instituições responsáveis pelas ações apresentam um interesse secundário pela questão. Corrobora este fato a persistente inexistência de estruturas organizacionais próprias para este fim, a nível das secretárias estaduais e municipais de saúde com exceções pontuais.
               O processo de absorção das ações em Saúde do Trabalhador, por parte do SUS, vem apresentando diversos problemas e, até o momento, não podemos afirmar que as mesmas estejam sendo executadas eficazmente.
                 Enfatizar, na análise da política de Saúde do Trabalhador, tanto a subnotificação de doenças e acidentes quanto a questão da integração institucional é entender que estes aspectos sinalizam perfeitamente a problemática da área. De um lado, a marginalidade que se reveste a questão da Saúde do Trabalhador no contexto do setor de Saúde do Trabalhador no contexto do setor de saúde.



Texto baseado no artigo  "Política de Saúde do Trabalhador no Brasil: Muitas Questões sem Respostas"


Nenhum comentário:

Postar um comentário