Brasília – No Dia Mundial da Saúde Mental, lembrado hoje (10), a Organização Mundial da Saúde (OMS) cobrou mais investimentos
em serviços de prevenção e no tratamento de doenças mentais,
neurológicas e de distúrbios associados ao uso de drogas e outras
substâncias.
De acordo com o órgão, a falta de
recursos financeiros e de profissionais capacitados é ainda mais grave
em países de baixa e média renda – a maioria deles destina menos de 2% do orçamento para a área de saúde mental.
Outro
alerta é que muitos países contam com menos de um especialista em saúde
mental para cada 1 milhão de habitantes, enquanto uma parte
considerável dos recursos alocados no setor são destinados apenas a
hospitais psiquiátricos e não a serviços oferecidos, por exemplo, na saúde primária.
“Precisamos
aumentar o investimento em saúde mental e destinar os recursos
disponíveis para formas mais eficazes e mais humanitárias de serviços”,
reforçou a OMS. A estimativa é que mais de 450 milhões de pessoas sofram
de distúrbios mentais em todo o mundo.
Na semana passada, durante reunião do Conselho Nacional de Saúde
(CNS), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou os avanços
obtidos no Brasil por meio da reforma psiquiátrica, instituída por lei
em 2001. Segundo ele, a quantidade de procedimentos ambulatoriais em
saúde mental passou de 423 mil em 2002 para 21 milhões no ano passado.
Em
junho de 2010, a Agência Brasil publicou a reportagem especial Retratos
da Loucura. Em visitas a sete cidades brasileiras, a equipe procurou
detectar os estágios em que as mudanças propostas pelo governo na área
de saúde mental se encontravam.
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